segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Marcelinho, o Senhor Centenário

Na última sexta, Marcelinho Carioca foi "apresentado" como embaixador do Timão no ano do centenário. Ele participará de ações de marketing e de alguns amistosos, já que ele anunciou que não é mais jogador de futebol.
Com 423 partidas, 206 gols marcados e dez títulos conquistados, Marcelinho, com certeza, é um dos maiores ídolos na história do Timão, e, além de se 'reapresentar', ele também recebeu uma camisa com todos os seu títulos (foto abaixo), que já está a venda no Parque São Jorge.



Sobre isso, um texto de Ricardo Taves, da Rádio Coringão:


Alguns criticaram. Outros gostaram. Mas a verdade é que Marcelo Pereira Surcin, o Marcelinho Carioca, está de volta ao Timão.

Marcelinho é um ícone de toda uma geração. Os nascidos nos anos 80 e 90, tem no camisa 7 a imagem de um ídolo vencedor. Tão espetacular e genial com a bola no pé como foi Neto, mas com muitos mais títulos conquistados. Polêmico, irreverente e decisivo. Letal.

Meu primeiro "contato" com o pé-de-anjo foi traumatizante. Morumbi, 1993. Fase final do Brasileirão. O Corinthians vinha de campanha fantástica com uma equipe até certo ponto limitada sob o comando de Mário Sérgio. A partida era decisiva. O confronto terminou em 2x2 mas Marcelinho guardou o seu gol em espetacular cobrança de falta. Mal sabia aquele menino que nos anos seguintes, comemoraria inúmeros gols como aqueles que consquentemente trariam títulos importantes e inesquecíveis.

Em minha opinião, a invenção do "Senhor Centenário" foi uma grande tacada do marketing alvinegro. Para Marcelinho falta um algo mais. Sentir mais uma vez o gostinho de jogar com a Fiel Torcida a seu favor. Para o Corinthians uma figura de impacto e influência com seu torcedor e que por não estar envolvido diretamente com o elenco profissional poderá participar de quantos eventos sociais e publicitários forem necessários. Para o torcedor a oportunidade de mais uma vez ver seu ídolo em campo, com a raça de sempre e quem sabe marcando gols.

A participação apenas em amistosos é a melhor das decisões. Marcelinho nunca foi fácil. Sua presença ativa no elenco iria causar algum tipo de mal estar cedo ou tarde. Não por relacionamentos (que poderia acontecer também) mas principalmente pela pressão da torcida. O torcedor é paixão acima de tudo. Mano Menezes, acredito eu, não aceitaria o jogador. Prudente como é, tem o grupo nas mãos e não precisa de mais um ego de craque para administrar.

A solução foi a ideal.

E a escolha perfeita. Eu sei que tivemos outros ídolos como Neto, Rivellino, Sócrates, enfim. Poderia citar uma centena. Mas só Marcelinho pode atuar dentro e fora dos campos. E que o Senhor Centenário nos traga sorte. Para que tenhamos, um senhor centenário.

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